quinta-feira, 15 de março de 2012

Capítulo 02 - Acontecimento Inesquecível!

Nos capítulos anteriores...

   Os dois melhores amigos, Lucas Cooper e Barry Strong, estão ambos acordados, esperando que o dia amanheça para sair em sua jornada escondidos...
...
    Lucas olhara-se no espelho, para ver se estava tudo em ordem, e notou seu cabelo azul, herdado de sua mãe, Johanna Cooper. Sim, ela fora uma grande treinadora, e não precisara fugir de casa para isso. Mas era diferente. Sua mãe provavelmente deixara ela fazer isso, enquanto ela não deixara seu próprio filho seguir jornada. Seria medo de ser superada? "Não, nunca", pensou Lucas, "Ela já faz parte dos 'Orgulhos de Sinnoh'. Não há honra maior."
...
   - Hey, Cooper. - disse Barry.
   - Hey, Strong. - disse Lucas. 
...
   -...ARCEUS! TE CHAMO AQUI, POR RAZÕES IMPORTANTES, POR FAVOR ME ATENDA!...
...
   - Olha, Barry, o professor está gritando algo... O que será?
   - Não faço a mínima idéia. Espera, vamos escutar...
   - ...POR FAVOR ME ATENDA...
...
   - UMA ÚLTIMA COISA. ESSA SERÁ A ÚNICA VEZ QUE PODEREI INTERFERIR, POIS O ESPAÇO E O TEMPO JÁ COMEÇARAM A SE DISTORCER, SE EU INTERFERIR OUTRA VEZ, O TECIDO DA REALIDADE SE RASGARÁ.
   - Mas, quais serão meus seguidores, Arceus? - perguntou Rowan. - Não há como achar mais dois humanos de alma pura em todo esse mundo. É algo grande demais.
   - OLHE MAIS ACIMA... ACIMA DA MARGEM, NA ENTRADA DO LAGO...
   ...E outro raio branco surgiu no céu. Iluminando dois garotos que olhavam a cena com total admiração a cena, e que olhavam o Professor enquanto o Professor olhava para eles. A garota ainda estava perplexa com a extensão do Pokémon a sua frente.
    - Strong, Cooper, é claro...
    - E, ROWAN... BOA SORTE EM CONSERTAR OS ERROS QUE COMETEU...
    ...E enfim, toda a nevasca, todos os raios brancos que iluminavam o céu, e toda a neve, agora parecia ter desaparecido, junto com Arceus. O Lago congelara. Sim, seriam tempos tempestuosos, os que estariam por vir.
E agora...

***

 
Barry Strong | Lucas Cooper
   Os dois garotos, Lucas Cooper e Barry Strong, corriam ladeira abaixo em encontro a Rowan e Dawn. Misteriosamente, um pokémon lendário aparecera na margem do Lago da Verdade, bem em frente a Rowan. Obviamente, algo acontecera ali. Algo relacionado a Arceus, e o prof. Rowan.
   - Vocês estão bem? - perguntou Lucas.
   - O que aconteceu? - perguntou Barry.
   - Por quê Arceus estava aqui? - perguntou Lucas.
   - O que é uma "Plate"? - perguntou Barry.
   E assim, continuou o festival de perguntas, e não desacelerou. Os garotos faziam cada vez mais perguntas, sempre. Até que o professor se encheu.
   - Garotos!!! Tenham calma, os dois. Contarei-lhes tudo na hora certa.
   - Mas, senhor...- começou Barry.
   - Mas, nada. Por hora basta! - e depois se acalmando - Agora, o que estão fazendo aqui? - perguntou o professor.
   E então a barulheira começou outra vez. Com os dois garotos falando ao mesmo tempo, não se dava para entender nada.
   - Calma! Um de cada vez, por favor! - disse o professor. - Cooper, fale.
   - Sim, senhor. Bom, senhor, é que estávamos indo a seu laboratório, para pedir um pokémon, e achamos melhor vir aqui antes, porque achamos o lugar perfeito para começar nossa jornada.
   - Começar sua jornada, você disse, hã. Agora, suas mães sabem disso? - perguntou desconfiado.
   Bastou isso. Cada face transparecia mais culpa que a outra.
   - Bom, senhor... - começou Barry.
   - Ah! então suas mães não sabem, não é? Foi muita irresponsabilidade sua, garotos! Poderiam ter sido atacados por pokémons! Que bom que a força do destino está a nosso favor, hoje - disse sombrio - , pois se não fosse isso, poderíamos muito bem não ouvir mais falar de Barry Strong e Lucas Cooper.
   O ânimo dos garotos despencou. Com certeza o professor deveria achar que a bronca não era suficiente, e com certeza ele iria falar às suas mães.
   - Mas, tenho certeza, que podemos esquecer isso.
   Os dois garotos olharam com cara de espanto.
   - Professor? - disse Dawn, marcando presença pela primeira vez - Mas com certeza o senhor não está cogitando...
   - Você o ouviu também, Dawn. - disse o prefessor.
   - Mas não podem ser eles, não podem ser. São irresponsáveis demais para...
   - Isso não significa nada, Dawn. Você ouviu Arceus. Ele interferiu. Interferiu e não o poderá fazer outra vez. O que significa que, qualquer que tenha sido o motivo desses garotos terem vindo aqui, foi formulado pela interferência de Arceus. Então, sim, estou cogitando.
   Os garotos agora pareciam confusos.
   - Professor, o que quer dizer com isso? - perguntou Lucas.
   - Quero dizer que vieram até aqui por seus Pokémon, e serão eles que lhes darei. - Rowan mudara rápido de assunto, disfarçando. -  Agora, Dawn, por favor, me passe a mala.
   - A mala? Tem certeza, professor? - perguntou Dawn, estranhando.
   - Sim, Dawn, eles e você serão nossa última chance. Portanto, pare de repetir essa pergunta. - disse o professor. - Garotos, aqui dentro desta mala tem três pokémons, os iniciais de Sinnoh. Agora, como Dawn está comigo há mais tempo, ela será a primeira a escolher. Qual pokémon você desejaria seguir em viagem, Dawn? - perguntou o professor.
   - Professor, eu gostaria de ganhar o Piplup. Ele é o mais equilibrado. - disse a garota.
           
  Piplup
   - Piplup, hã? Boa escolha. - e entregou uma pokebola a Dawn. - Agora, Barry, qual pokémon você escolhe? - perguntou Rowan.
   - Ah, cara, Piplup era o que eu ia escolher! Tudo bem, se não posso ter Piplup, escolherei um mais forte que ele. Então escolho Turtwig.
Turtwig

   - Bons argumentos, Strong. - e entregou outra pokébola a Barry. Dawn já havia tirado seu Piplup da pokébola, e agora estava brincando com ele - Agora, parece que só resta o Chimchar a Lucas. - e Rowan entregou outra pokébola a Lucas. Barry já havia liberado Turtwig.
Chimchar

   - Obrigado, professor. - disse Lucas, e liberou Chimchar.
   - Hey, eu conheço um apelido perfeito para você, - dizia Barry - Kurt. É isso aí, de agora em diante, você será o Kurt. Hey, Lucas, você não quer colocar um apelido no seu Chimchar também, não?
   Lucas, que estava absorto, brincando com Chimchar, agora parou para pensar. 
   - Não, Barry, por ora não, é algo a se pensar melhor, não acha? - disse Lucas.
   - Pois eu não acho isso. Meu Turtwig será Kurt e pronto. - Turtwig parecia gostar de seu novo dono.
   Lucas parecia realmente pensativo sobre os apelidos. Chegou a conclusão de que queria mais alguma opnião, o que também serviria para um começo de conversa com Dawn, que ele não conhecia muito bem. Já haviam estudado juntos na escola Pokémon, mas nunca se falaram antes.
   - Hey, Dawn.
   - O quê? - falou a garota, que até há pouco estava brincando com seu Piplup.
   - Vai colocar algum apelido em Piplup? - perguntou Lucas.
   - Não, acho que não. Você vai? - perguntou Dawn.
   - Ainda não.
   De repente, a realidade caiu sobre Dawn, e ela ficou séria novamente.
   - Professor! Temos de continuar as pesquisas! Não podemos ter um segundo de luxo, temos de achar as Jóias!
   - Verdade. Lucas, Barry, vou falar com suas mães, para que deixem vocês saírem em jornada.
   - Mas professor... - começou Lucas.
   - Elas não vão deixar! - disse Barry.
   - Ora, vocês já têm seus pokémon, não tem? Não vejo motivo pra elas não deixarem vocês seguirem jornada.
   - O senhor não conhece nossas mães, professor. Elas não deixarão. - disse Barry.
   De repente Lucas ficou confuso, pois não soubera por quais motivos a Sra. Strong recusara-se a deixar o filho partir. Se Barry tinha dito aquilo, provavelmente a situação em sua casa não estava boa. Enquanto Lucas remoía aquilo em sua mente,começava a ver Starlys voando no céu. Mas, estavam se aproximando cada vez mais. Quando ele teve certeza de que era um ataque, gritou:
 
Starly

   - Fujam!!
   Foi uma mistura de gritaria com piados. O professor corria, junto com os garotos e seus pokémon.
   - Ei, por quê estamos correndo? - perguntou Barry.
   - Eu não sei, talvez porque estamos sendo atacados por um bando de Starlys? - peguntou Dawn, sarcasticamente.
   - Não foi o que eu quis dizer. Temos Pokémons, não temos? - e Barry se virou em direção aos Starlys. - Kurt, use Tackle!
   - Turtwiii - e Kurt obedeceu. Se jogou na frente de alguns Starlys, como uma investida. Alguns Starlys caíram, outros desistiram.
 
Kurt usando Tackle

   - Ei, Lucas, vem batalhar também! Eu não consigo fazer tudo sozinho! - dizia Barry. - Dawn, dá uma ajudinha aqui também!
   - Ah, é! Chimchar, use Scratch! - disse Lucas.
   - Chiim! - e Chimchar usou seu Scratch, arranhando todos os Starlys. Mas, parecia que só o que ele conseguia era fazer os Starlys ficarem mais raivosos. Ele arranhava, mais Starlys a cada vez, e mais Starlys vinham pra cima dele.
    - Dawn! Dá uma ajuda aqui! - disse Lucas, desesperado.
    - Certo! Piplup, use o Pound! - ordenou a treinadora.
    - Plup! - e Piplup começou a usar seu Pound para esmagar alguns Starlys, os quais a maioria agora estavam em cima de Chimchar.
    - Todos estão indo em cima de Chimchar! - disse Barry, espantado.
    - Deve ser fruto da interferência de Arceus. - disse o professor. - Deve ser por isso que os Starlys estão mais interessados em Chimchar. O espaço e o tempo já devem estar começando a colidir. - disse, pensativo.
    - E o que significa isso, professor? - perguntou Dawn baixo, para que os garotos não ouvissem.
    - Significa que, na verdade não são vários Starlys. É um só, que se repete várias vezes.
    De repente Dawn entendeu tudo, e começou a se apavorar.
    - Quer dizer, que vai ser esse tipo de coisa que teremos de enfrentar?! - apavorou-se Dawn. - E se eles se repetirem infinitamente?!
    - Não vão. O evento da brecha espaço-temporal só deve durar pouco tempo, e depois mudar de lugar. De certa forma, sim, isso se repetirá infinitamente, mas com pausas entre cada brecha. E isso só vai acabar quando acharmos as jóias.
    Eram realmente muitos Starlys. Quanto mais Starlys o Chimchar arranhava, mais se recuperavam, e iam pra cima dele. Parecia que suas técnicas não faziam tanto efeito assim nos Starlys. De repente, haviam tantos Starlys em cima de Chimchar, que nem dava mais para vê-lo. Lucas se desesperou.
   - O que eu faço agora? - E colocou as duas mãos na cabeça. - E agora? Chimchar vai morrer, desse jeito! - e começeou a correr, para tirar os Starlys com as próprias mãos, para colocá-lo dentro da pokébola. Mas não conseguia. Eles bicavam suas mãos, que já estavam cheias de cortes. Os outros também foram ajudar.
   - Chimchar! Chimchar! - gritava Lucas, desesperado.
   Era uma cena horrível. Até que...
   - CHAAAR! - Chimchar saltara de cima dos Starlys, mas parecia diferente, anormal. Estava todo arranhado, com alguns cortes, e seus olhos estavam totalmente vermelhos.
   - Chimchar? - disse Lucas, feliz até notar os olhos vermelhos de Chimchar, quando sua alegria se esvaiu.
   Chimchar agora estava descontrolado, usava um Flame Wheel, rodando em uma roda de fogo e Flamethrower ao mesmo tempo, assim fazendo chicotes de fogo para todo lado, derrotando todos os Starlys.
   - Blaze... É claro... A habilidade de fortalecimento do fogo... E ainda Counter Shield... - admirava-se o professor.
   Mesmo depois que os Starlys estavam desmaiados, Chimchar não voltara ao normal. Todos os garotos e o professor agora tentavam parar Chimchar, todos tentando segurá-lo, para que ele não saísse descontrolado dali. Mas, ao entrar em contato com a pele de Chimchar, descobriram que o Chimchar estava pegando fogo, literalmente. Sua pele era mais quente do que uma fogueira.
   E então, tal era tanta energia luminosa, que, ninguém nunca soube exatamente o momento, mas o corpo de Chimchar começou a ficar branco. Só o que se via agora, era a silhueta de Chimchar, e muita luz branca. Lucas estava apavorado.
   - Professor! O que é isso? - perguntou o garoto, pasmo. - O que está acontecendo com o Chimchar? Ele vai ficar bem?
   - Parece... Evolução... Evolução à base do Blaze. Parece que, ele estava com muita energia, e acabou só ganhando mais, derrotando todos aqueles Starlys. Isso, somado à experiência que ele ganhou, resultou na evolução. Acho que depois da evolução, ele vai ficar bem, vai voltar ao normal. Só vai ficar cansado, mas vai ficar bem.
   - Mas...
   - Acalme-se. Vai dar tudo certo.
   O brilho branco só se intensificava. Só dava para ver sua silhueta, mas parecia que estava fazendo força. O brilho se esvaía e voltava, agora, revelando e ocultando o Chimchar. E, nos momentos que a luz se esvaía, parecia que ele estava sofrendo, suas veias estavam saltando da testa, e ele parecia tentar se controlar.
    Finalmente o brilho acabou, e Chimchar desabou no chão, cansado. Seus olhos estavam voltando gradativamente ao normal.
   - Chimchar! - gritou Lucas, e correu para acudi-lo. - Tomara que você fique bem. Volte. - e recolheu-o à sua pokébola. - Alguém pode me explicar o que foi isso?!
   - Calma, Lucas. Foi o evento de uma brecha espaço-temporal, criada pela aparição de Arceus. A brecha avançou o tempo de evolução de Chimchar, e o organismo dele não aceitou, entrou em colapso. Ele se recusou a evoluir.
   - Mas ele vai ficar bem? - perguntou o garoto, assustado.
   - Vai. Só precisa de um tempo para descansar. Por ora, deixe-o dentro da pokébola, e se for sair, saia junto de Barry.
   - Mas esse Chimchar precisa ir ao Centro Pokémon, professor - disse Dawn.
   - Por ora já está bom. Amanhã eu e Lucas nos certificaremos que ele vá. - disse Rowan. - Além do mais, temos de voltar ao laboratório.
   - É mesmo, professor! O que são essas tais jóias? - perguntou Barry.
   - Hm. São artefatos importantíssimos, que pertence cada um, a um pokémon lendário. Na verdade, o seu pai - e apontou para Lucas - agora mesmo está pesquisando sobre eles. É tudo o que posso dizer por ora a vocês.
   - Meu pai... - sussurrou Lucas, como se falasse consigo mesmo. Seu mundo virara de ponta-cabeça. Seu pai? Spencer Cooper? Até fazia sentido. Ele tinha pesquisado os Unown, que eram lendários, os três cães... Pensando bem, todos os pokémon que ele pesquisava eram lendários. Mas, Imaginar que estaria em algo tão grande...
   - Agora, temos que voltar ao laboratório rápido. Pesquisar o paradeiro das jóias. Vocês dois, garotos. Venham amanhã ao meu laboratório.
   - Mas, nossas mães... - começou Barry
   - Achei que já tínhamos decidido isso. Ligarei para ambas as mães, e as convencerei. Agora, Dawn, temos que ir. - disse Rowan.
   - Sim, professor. Até mais, garotos.
   - Staraptor, saia daí! - e ele e Dawn montaram em seu Staraptor. - Voe!
 
Staraptor

   E eles subiram aos céus. E partiram rumo a Sandgem.
   - Cara, isso foi incrível! - disse Barry.
   - Ah, claro! Incrível a bronca que a gente vai levar, quando chegar em Twinleaf. - disse Lucas.
   - Ah, é, esqueci disso. Mas, cara, eu não sabia que o seu pai trabalhava com o Rowan.
   - Nem eu, Barry, nem eu.
   E assim, os dois jovens seguiram viagem discutindo pelo resto do caminho até Twinleaf, onde a promessa de uma surra fazia-os temer sua volta. Este dia havia sido um grande turbilhão de emoções. E só haviam se passado três horas.
    - Barry! Já fazem três horas que saímos de Twinleaf!! - gritou Lucas, surpreso, ainda com os olhos no Pokelógio.
    - Virgem Maria!! Minha mãe vai me matar! Que ela ao menos tenha piedade de meus couros!
    - É melhor correr, cara!
    - É, claro.
    E começaram a correr. Assim, com a promessa de uma grande surra, os dois jovens, Barry Strong e Lucas Cooper, seguiram rumo à Twinleaf. O Chimchar de Lucas quase evoluíra de uma forma estranha, talvez a mais estranha possível. Mas, pelo menos ele estava descansando em paz agora, em sua pokébola. A dúvida ainda remoía na cabeça dos garotos. O que as tais jóias faziam? E então com mais uma promessa, se conseguissem se livrar da primeira, a promessa de que iriam ao laboratório do Prof. Rowan no dia seguinte, eles seguiram o rumo, cada um pensando nas possibilidades de uma possível jornada.

Continua...

*  *  *

1 Comentários:

Às 26 de maio de 2012 às 20:08 , Blogger P.J Jachn disse...

adorei o cap,melhor que o 1,yes!!!!!!!!o lucas ficou com o chimchar

 

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