Capítulo 3.5 - O Pai de Barry
Aventuras de Platina
Capítulo 3.5
Nos capítulos anteriores...
- Valeu. Agora, não fala pra ninguém - e Barry sussurrou - mas eu vou tentar fugir.
- Fugir?! 'Cê tá louco, Barry? - perguntou Lucas, incrédulo.
- Cara, tudo bem se não quiser me ajudar - a voz de Barry parecia mais triste ainda. - Só... só não conta pra minha mãe, tá? Tchau. - e desligou.
- E agora, cara?! - Barry parecia desesperado agora. - Eu não vou voltar pra lá.
- Calma, eu tive uma idéia. - disse Lucas. - Vamos ficar na minha casa. Olha, já são 3:30 - disse Lucas, olhando na Pokégear.
- Mas, cara, e a sua mãe? - perguntou Barry, preocupado.
- Ela deixa. Disse que entendia sua situação, ou o que quer que fosse.
- Ah. - ele agora parecia desanimado. - Ok. Vou agradecer a ela depois.- disse Barry.
- Cara, já que a gente está aqui fora, você bem que poderia me dizer o que é esse problema com a sua mãe.
- Cara, é melhor... - começou Barry.
- Mano, você sabe que pode confiar em mim. - disse Lucas.
Barry suspirou e por fim se sentou na varanda de sua casa. Lucas o acompanhou, e por fim, ele disse:
- Tudo bem, cara. Mas, eu juro, se você contar pra alguém... Só quem sabe isso é o professor, e as pessoas a quem ele confiou isso.
- Tá certo, cara.
- Bom, você, como qualquer outra pessoa já notou que meu pai não mora aqui. Mas as pessoas não questionam, porque acham que ele está em jornada, como o seu. Na verdade ele está, mas ele não volta pra casa, porque largou a mim e a minha mãe quando eu era criança.
- O quê?!
- Fugir?! 'Cê tá louco, Barry? - perguntou Lucas, incrédulo.
- Cara, tudo bem se não quiser me ajudar - a voz de Barry parecia mais triste ainda. - Só... só não conta pra minha mãe, tá? Tchau. - e desligou.
* * *
- Lucas... Onde a gente vai ficar agora? Eu não tenho pra onde ir, agora que estou fugindo, e está de madrugada...
- Mas era isso que eu estava justamente me perguntando. - disse Lucas, agora cansado da briga, tentando pensar.- E agora, cara?! - Barry parecia desesperado agora. - Eu não vou voltar pra lá.
- Calma, eu tive uma idéia. - disse Lucas. - Vamos ficar na minha casa. Olha, já são 3:30 - disse Lucas, olhando na Pokégear.
- Mas, cara, e a sua mãe? - perguntou Barry, preocupado.
- Ela deixa. Disse que entendia sua situação, ou o que quer que fosse.
- Ah. - ele agora parecia desanimado. - Ok. Vou agradecer a ela depois.- disse Barry.
- Cara, já que a gente está aqui fora, você bem que poderia me dizer o que é esse problema com a sua mãe.
- Cara, é melhor... - começou Barry.
- Mano, você sabe que pode confiar em mim. - disse Lucas.
Barry suspirou e por fim se sentou na varanda de sua casa. Lucas o acompanhou, e por fim, ele disse:
- Tudo bem, cara. Mas, eu juro, se você contar pra alguém... Só quem sabe isso é o professor, e as pessoas a quem ele confiou isso.
- Tá certo, cara.
- Bom, você, como qualquer outra pessoa já notou que meu pai não mora aqui. Mas as pessoas não questionam, porque acham que ele está em jornada, como o seu. Na verdade ele está, mas ele não volta pra casa, porque largou a mim e a minha mãe quando eu era criança.
- O quê?!
* * *
E agora...
* * *
Barry Strong | Lucas Cooper
- O quê?! - exclamou Lucas, abismado. - Como assim, te largou?
- Cara, é meio complicado... Melhor não falar disso.
- Não, cara, pode falar. Eu juro que vou tentar te entender.
- Tá certo, cara. - e Barry suspirou, e depois começou:
Flashback on
Tudo começou quando eu tinha mais ou menos cinco anos, quando meu pai começou a se aficcionar pelo trabalho. Naquela época, ele trabalhava como engenheiro, e era tudo pra ele. Ele era realmente fascinado pelo seu trabalho, pois dizia que "A capacidade de construir coisas, era a base para se construir um mundo novo". Além disso, ele tinha outra filosofia de vida, que dizia "Quanto mais você pratica, mais aprende e origina novos meios de se caminhar". Pois bem. Foi essa segunda filosofia que desgraçou a nossa família.
Tudo bem, ele gostava muito de seu trabalho desde o começo, mas com o tempo, ele começou a ficar obcecado com ele. Com essa obsessão, ele começou a brigar com minha mãe, pois ele não lhe dava mais carinho, e só queria saber de trabalho. Em nossas horas de lazer, ele levava junto consigo seus trabalhos, suas idéias de como fazer prédios melhores, plantas de casas que funcionariam totalmente diferente das normais. Neste ponto, eu tinha seis anos.
Através dos anos, meu pai começou a ficar mais agressivo, e se zangava por cada mínima coisa que atrapalhasse seu trabalho. Uma vez eu derrubei suco em suas plantas, e tenho as marcas da surra que levei no dia até hoje.
Quanto mais ele praticava, mais ele piorava. E então um dia, veio à sua cabeça. "Pra quê se preocupar em construir coisas menores, se eu posso construir um mundo novo?" E agora já não se notava mais sua presença nem nas refeições. Às vezes dava uma pausa, comia algo, e voltava a seu escritório (que ele havia trazido para dentro de casa), e certo dia, minha mãe se encheu, e disse que se não parasse, ia expulsá-lo de casa. Ele se zangou, e disse que ia embora por sua própria conta.
Minha mãe ficou arrasada. Não queria que ele fosse embora realmente, só dissera aquilo para que ele tivesse mais tempo com sua família. Eu sofri muito, muito mesmo. Senti falta do cara que havia me criado, principalmente por que agora eu não sabia pra onde ele iria, ou o que faria, por isso não ia dar para tentar me comunicar com ele.
Então, pouco tempo depois, nós ficamos sabendo que uma organização criminal, que estava atuando aqui em Sinnoh entrou em ação, dizendo que seus ideais eram construir um mundo melhor. Mesmo que não tivessem descoberto quem estava por trás daquilo, eu e minha mãe já sabíamos.
Flashback off
Lucas estava boquiaberto, horrorizado. Como alguém poderia chegar a esse nível de loucura, por gostar de algo? Barry começou a fitar os seus sapatos, agora visivelmente com vergonha, e medo do que o amigo pudesse achar dele e de seu pai. Quando Lucas recuperou a sensibilidade de sua boca, ele falou:
- Barry... Eu... não sabia.
- Não faz mal. Eu quase não me lembro mais de como era, e de qualquer forma, eu minha mãe já nos acostumamos. - dizia Barry, meio desanimado.
- Cara, é melhor você não fugir de casa. Sua mãe já perdeu seu pai. Como você acha que ela se sentiria se você saísse... ei, espera aí! Foi por isso que sua mãe não te deixou sair! Ela não quer ficar sozinha! - agora Lucas estava completamente abismado. - É por isso, não é Barry? Você me disse que sua mãe tinha medo de "perder" outro membro da família. Ela não quer que você vá porque sabe que vai ser uma viagem longa!
Barry agora escondia sua face.
- Meu Deus, Barry, isso é sério! É melhor você ficar, cara.
Barry tirou as mãos de sua cara, e disse:
- Você está dizendo que devo deixar meus sonhos pra trás, por conta de algo que já aconteceu há muito tempo!? - disse Barry, com os olhos vermelhos.
- Não cara, o que eu disse foi pra dar à sua mãe uma chance de dar ao menos um adeus, ou ela não vai se perdoar nunca por não ter deixado você sair. - disse Lucas, em tom compreensivo - E aí é você quem nunca vai se perdoar.
- Não vai dar, Lucas, sério mesmo. Eu quero seguir meus sonhos. Não vou empacar aqui por algo que já aconteceu, vou trilhar meu próprio caminho.
O dia agora já raiava. Os tons escuros que o céu mantinha até há pouco estavam se esvaindo, e dando lugar a novos tons de azul. Tons cada vez mais claros, como a história revelada por Barry, que deixou mais claro os motivos da mãe de Barry proibi-lo de seguir jornada.
- Por favor, Barry. Seja razoável com sua mãe. - disse Lucas.
Assim que Barry abriu a boca para negar o pedido de Lucas, ouviu-se um grito da casa onde Barry até há pouco residia.
- Está na hora de eu ir, Lucas. Eu não pretendo mais ficar. Vou seguir à Sandgem agora, e você, se quiser, me encontra lá. E é melhor você sair daí logo, ou minha mãe vai te ver, e saber que você me ajudou a fugir. - disse Barry, tomando suas coisas e saindo o mais rápido dali.
Lucas virou-se para a casa, raciocinando. O que deveria fazer?
- Ah, que se dane. Alguém tem que saber onde ele está. - disse baixo, e em seguida, saiu correndo atrás de Barry. - Barry, peraê!
- Cara, é meio complicado... Melhor não falar disso.
- Não, cara, pode falar. Eu juro que vou tentar te entender.
- Tá certo, cara. - e Barry suspirou, e depois começou:
Flashback on
Tudo começou quando eu tinha mais ou menos cinco anos, quando meu pai começou a se aficcionar pelo trabalho. Naquela época, ele trabalhava como engenheiro, e era tudo pra ele. Ele era realmente fascinado pelo seu trabalho, pois dizia que "A capacidade de construir coisas, era a base para se construir um mundo novo". Além disso, ele tinha outra filosofia de vida, que dizia "Quanto mais você pratica, mais aprende e origina novos meios de se caminhar". Pois bem. Foi essa segunda filosofia que desgraçou a nossa família.
Tudo bem, ele gostava muito de seu trabalho desde o começo, mas com o tempo, ele começou a ficar obcecado com ele. Com essa obsessão, ele começou a brigar com minha mãe, pois ele não lhe dava mais carinho, e só queria saber de trabalho. Em nossas horas de lazer, ele levava junto consigo seus trabalhos, suas idéias de como fazer prédios melhores, plantas de casas que funcionariam totalmente diferente das normais. Neste ponto, eu tinha seis anos.
Através dos anos, meu pai começou a ficar mais agressivo, e se zangava por cada mínima coisa que atrapalhasse seu trabalho. Uma vez eu derrubei suco em suas plantas, e tenho as marcas da surra que levei no dia até hoje.
Quanto mais ele praticava, mais ele piorava. E então um dia, veio à sua cabeça. "Pra quê se preocupar em construir coisas menores, se eu posso construir um mundo novo?" E agora já não se notava mais sua presença nem nas refeições. Às vezes dava uma pausa, comia algo, e voltava a seu escritório (que ele havia trazido para dentro de casa), e certo dia, minha mãe se encheu, e disse que se não parasse, ia expulsá-lo de casa. Ele se zangou, e disse que ia embora por sua própria conta.
Minha mãe ficou arrasada. Não queria que ele fosse embora realmente, só dissera aquilo para que ele tivesse mais tempo com sua família. Eu sofri muito, muito mesmo. Senti falta do cara que havia me criado, principalmente por que agora eu não sabia pra onde ele iria, ou o que faria, por isso não ia dar para tentar me comunicar com ele.
Então, pouco tempo depois, nós ficamos sabendo que uma organização criminal, que estava atuando aqui em Sinnoh entrou em ação, dizendo que seus ideais eram construir um mundo melhor. Mesmo que não tivessem descoberto quem estava por trás daquilo, eu e minha mãe já sabíamos.
Flashback off
Lucas estava boquiaberto, horrorizado. Como alguém poderia chegar a esse nível de loucura, por gostar de algo? Barry começou a fitar os seus sapatos, agora visivelmente com vergonha, e medo do que o amigo pudesse achar dele e de seu pai. Quando Lucas recuperou a sensibilidade de sua boca, ele falou:
- Barry... Eu... não sabia.
- Não faz mal. Eu quase não me lembro mais de como era, e de qualquer forma, eu minha mãe já nos acostumamos. - dizia Barry, meio desanimado.
- Cara, é melhor você não fugir de casa. Sua mãe já perdeu seu pai. Como você acha que ela se sentiria se você saísse... ei, espera aí! Foi por isso que sua mãe não te deixou sair! Ela não quer ficar sozinha! - agora Lucas estava completamente abismado. - É por isso, não é Barry? Você me disse que sua mãe tinha medo de "perder" outro membro da família. Ela não quer que você vá porque sabe que vai ser uma viagem longa!
Barry agora escondia sua face.
- Meu Deus, Barry, isso é sério! É melhor você ficar, cara.
Barry tirou as mãos de sua cara, e disse:
- Você está dizendo que devo deixar meus sonhos pra trás, por conta de algo que já aconteceu há muito tempo!? - disse Barry, com os olhos vermelhos.
- Não cara, o que eu disse foi pra dar à sua mãe uma chance de dar ao menos um adeus, ou ela não vai se perdoar nunca por não ter deixado você sair. - disse Lucas, em tom compreensivo - E aí é você quem nunca vai se perdoar.
- Não vai dar, Lucas, sério mesmo. Eu quero seguir meus sonhos. Não vou empacar aqui por algo que já aconteceu, vou trilhar meu próprio caminho.
O dia agora já raiava. Os tons escuros que o céu mantinha até há pouco estavam se esvaindo, e dando lugar a novos tons de azul. Tons cada vez mais claros, como a história revelada por Barry, que deixou mais claro os motivos da mãe de Barry proibi-lo de seguir jornada.
- Por favor, Barry. Seja razoável com sua mãe. - disse Lucas.
Assim que Barry abriu a boca para negar o pedido de Lucas, ouviu-se um grito da casa onde Barry até há pouco residia.
- Está na hora de eu ir, Lucas. Eu não pretendo mais ficar. Vou seguir à Sandgem agora, e você, se quiser, me encontra lá. E é melhor você sair daí logo, ou minha mãe vai te ver, e saber que você me ajudou a fugir. - disse Barry, tomando suas coisas e saindo o mais rápido dali.
Lucas virou-se para a casa, raciocinando. O que deveria fazer?
- Ah, que se dane. Alguém tem que saber onde ele está. - disse baixo, e em seguida, saiu correndo atrás de Barry. - Barry, peraê!
Continua...
* * *
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