quinta-feira, 29 de março de 2012

Capítulo 03 - A Fuga Equivocada de Barry

Aventuras de Platina
Capítulo 03

 
Lucas

   Lucas estava deitado em sua cama, refletindo. Já eram 9:00 da noite.aproximadamente. Este dia fora muito cansativo, por isso ele estava deitado tão cedo assim. E ficou ainda mais cansativo quando ele chegou em casa. Sua mãe, na verdade não pensara que ele havia tentado fugir, achou que estivesse preso na nevasca que ocorreu, quando Arceus chegou no Lago da Verdade, a nevasca que fora anunciada que seria à tarde, e que foi de manhã, provavelmente pela distorção do espaço-tempo.

 
Johanna Cooper | Prof. Rowan

    Ela pensava isso mesmo, até a ligação do prof. Rowan, explicando tudo o que acontecera esta manhã, e enquanto ele falava tudo, o coração de Lucas estava saltando. Ele sabia que levaria ao menos uma bronca da mãe dele. Até que o professor finalmente falou, ao final da ligação:
    - Contei parte do que o que Spencer faz a ele, mas seria melhor se você revelasse tudo, Johanna. - e depois disso, ele desligou.
    - Mãe, o que o professor quis dizer com isso? - Rowan já havia sido professor de Lucas, Barry e Dawn no colégio pokémon, por isso, a mania de chamá-lo de professor ainda continuava, embora ele realmente fosse um cientista.
    - Sente-se, querido. - e suspirou. - O trabalho de seu pai, na verdade é encontrar as jóias. As jóias, como o professor deve-lhe ter dito na hora, são objetos extremamente raros, que cada pokémon lendário tem.
    -  Quais lendários, mãe? - perguntara ele.
    - Todos. De todas as regiões. Por isso seu pai viaja tanto. - dissera Johanna.
    - Então... esse tempo todo... Meu pai estava procurando essas jóias? Desde quando, mãe? - perguntara Lucas, agitado.
    - Desde que éramos crianças. O professor Rowan nos deu essa tarefa, quando ele também era jovem. Ele parecia ter uma conexão especial com Arceus. Ele tinha uma coleção de lâminas, chamadas plates. Cada uma de uma cor diferente, e todas retangulares. Até que um dia, quando ele fechou o laboratório, roubaram todas as plates do professor. Parece, a meu ver, que todas elas continham um tipo de energia diferente, e que quem roubou sabia usá-las. Depois disso, Arceus nunca mais apareceu para o professor. Parecia que eram artefatos importantes para ele.
    - Então, todos os erros que o professor Rowan cometeu, foram só esses? Pelo que Arceus falou no Lago, parecia outra coisa.
    - Eu não sei ao certo, sabe, filho? Acho que os verdadeiros erros que ele cometeu, ele decidiu manter só para ele e Arceus.
    - Mas, mãe, qual o segredo das jóias? O que elas tem de tão especial? - perguntara o garoto.
    - Bom, só pelo fato de pertencerem a cada pokémon lendário, já é algo muito valioso. Mas, parece, que esses artefatos contém um pouco do poder de seus donos. Por exemplo: você já viu a foto de um Dialga, não viu?
    - Vi, sim senhora.
    - Ele não tem um diamante em seu peito? Essa é sua jóia. Palkia tem duas pérolas em seus braços. São suas jóias.
    - Mas não é só uma para cada pokémon?
    - Eu nunca disse isso, filho.
    - Mas, eu vi algo no Lago...
    - Viu? O quê? - Johanna parecia curiosa e preocupada.
    - Muitas jóias. Se materializavam na frente de Arceus, e voavam para longe. Mais rápido que cometas.
    - Hm.- Johanna agora estava reflexiva. - Bom, isto sugere algumas coisas. O fato das jóias restantes terem se dividido, significa que Arceus estava temeroso de que as mesmas pessoas que roubaram as Plates, pudessem pôr as mãos nas jóias. Isso significa que, ou Arceus queria impedir que descobrissem sobre elas, ou, eles já sabem de tudo, e Arceus estava apenas tentando ganhar tempo, antes que as encontrem.
    - Restantes? Como assim, restantes? - perguntou Lucas.
    - Bom, eu imagino que ele não retiraria as que estão em posse do professor. - disse Johanna, astutamente.
    - Claro, Arceus não iria. - disse Lucas. - Seria uma tolice fazê-los procurar outra vez.
    - Enfim. Resumindo, o professor acha que essas jóias superam ou igualam ao poder das plates. Portanto, ele está atrás das jóias, para impedir as pessoas que roubaram as plates de fazerem algo ruim, ou na verdade consertar o que fizeram. Não sei bem ao certo. Seu pai é que vive mais com o professor agora.
    - Mas, mãe, por quê você parou de seguir viagem? - perguntara ele, mais cedo.
    - Para cuidar de você e da casa, oras. - dissera ela.
    E agora, Lucas ainda deitado, estava ansioso. Ansioso por quê sua mãe, apesar de relutante, aceitou que ele fosse seguir jornada, e perdoou por ele quase ter fugido. Disse que achava que era a "sina" da família Cooper. E pediu para ver seu pokémon, o Chimchar. Ele se familiarizou depressa com ela, e vice-versa. E agora, Chimchar estava dormindo, provavelmente, dentro da pokébola.
    Lucas continuava ansioso para o dia seguinte que viria. Porém, ele já sabia o que fazer, para aliviar sua ansiosidade. Ele ligaria para Barry. Claro. Assim ele também saberia se a mãe dele deixara-o sair em jornada também. Lucas sentou-se na cama, e pegou o telefone.

 
Barry
    - Alô, Barry? - perguntou o rapaz.
    - Ah, é você. - disse Barry, desanimado.
    - Qual é, Barry? O que houve? Sua mãe não deixou você sair em jornada, não? - perguntou Lucas.
    - Não, ela não deixou. - disse Barry, mais desanimado ainda. - E a sua, deixou?
    - Hã... Qual foi a pergunta? - disse Lucas, com medo de desanimar Barry mais ainda.
    - Ótimo, você vai seguir jornada, e eu vou ficar empacado aqui. - o garoto agora parecia zangado.
    - Calma, Barry. Aliás, o professor não ligou pra vocês? - perguntou Lucas.
    - Ligou. Ela disse que não queria ter outro membro da família "perdido".
    - O que quer dizer com isso? - perguntou Lucas.
    Barry hesitou um pouco antes de dizer:
    - Olha, cara, é um assunto delicado. Eu te falo outro dia, ok?
    - Tudo bem, cara. Sem pressão - disse Lucas, embora estivesse meio curioso.
    - Valeu. Agora, não fala pra ninguém - e sussurrou - mas eu vou tentar fugir.
    - Fugir?! 'Cê tá louco, Barry? - perguntou Lucas, incrédulo.
    - Cara, tudo bem se não quiser me ajudar - a voz de Barry parecia mais triste ainda. - Só... só não conta pra minha mãe, tá? Tchau. - e desligou.
    - Barry. Barry! Ah, cara, ele desligou. - e logo Lucas desistiu do telefone. Deitara-se outra vez.
    Mas porquê? O que acontecia na casa de Barry, para que ele quisesse fugir? Por quê a Sra. Strong não deixara Barry sair de casa? E principalmente: O que Barry quisera dizer com "perdido"? Tudo isso remoía na cabeça de Lucas. Mas, se Barry iria fugir, Lucas ia acompanhá-lo, para se certificar de que ele estaria em segurança e não fizesse besteira.
   Bom, e se Lucas não conseguisse chegar a tempo? E se Barry saísse na calada da noite, Lucas não o visse mais. Bobagem. Barry nunca faria uma besteira dessas. Mas, por outro lado, ambos, Lucas e Barry eram fanáticos para ter uma jornada pokémon. E, se a mãe dele não deixar...
   - Barry! - Lucas se assustou com o próprio pensamento, ele já estava sonhando, e tinha pensado aquilo.
   Então, Lucas se levantou e saiu rápido, em busca de Barry. Se arrumou rápido, colocou a camisa vermelha, o casaco azul e preto, as calças, as botas, e pegou a boina e a bolsa. Estava na sala, quando decidiu olhar no pokégear, um aparelho que seu pai havia trazido de Johto para ele, que horas eram. O relógio marcava duas da manhã. Então, repentinamente, um abajur acendeu, e uma poltrona se virou. Sua mãe estava ali.
   - Então? Onde o moçoilo acha que vai? - disse Johanna.
   - Vou atrás do Barry! Eu acho que ele vai fugir! Eu tenho que pará-lo! - Lucas estava determinado.
   - Hm. Entendo. Bom, eu estava guardando isso pra amanhã, mas... - e mostrou botas novas.
   - Hm... Botas? - perguntou Lucas.
   - São botas de corrida. Da marca Running Shoes. Pra você ir mais rápido em sua jornada. - e Johanna entregou as botas para Lucas, que caiu o queixo.
   - Hã? Mas, eu pensei... - começou Lucas.
   - É uma atitude nobre a sua. Tenho muito orgulho de você por isso, filho. - e abraçou Lucas. - Agora, vai. Vai, porque eu tenho certeza que ele precisa de você.
   - Tá certo. Valeu, mãe! - e saiu de casa.
   Uma vez lá fora, ele não perdeu tempo, calçou as botas de corrida, e guardou as normais na bolsa. Saiu correndo até ver uma casa de dois andares com um jardim encantador, e algumas árvores cercando-a; e foi até debaixo da janela dele, que ficava no segundo andar. Ligou para Barry pela Pokégear.
   - Barry! Barry! Ainda está em casa? - perguntou Lucas.
   - Não, não estou. Estou em direção a Sandgem. - respondeu Barry - Não adianta tentar vir atrás de mim.
   De repente, Lucas notou algo que denunciava Barry.
   - Ah, é, seu tosco? Então como você me diz isso, com sua luz ligada e sua cabeça projetando uma sombra na janela? Hã? - disse Lucas.
   Barry gelou do lado de dentro da casa. Logo então se zangou, e desligou a Pokégear, colocando a cabeça para fora da janela, a fim de falar com Lucas.
   - O que você quer? Você não pode me impedir de fugir, idiota! - disse Barry, baixinho para sua mãe não escutar.
   - Bom, se não tem jeito...
   E Lucas começou a subir pela árvore que dava mais próximo ao quarto do Barry.
   - O que você tá fazendo, mano? - perguntou Barry.
   - Vou te ajudar... a arrumar suas coisas. - falou Lucas, arfando do esforço de subir a árvore.
   - Não precisa, cara. - falou Barry, agora meio que envergonhado.
   Já chegando no quarto de Barry, Lucas falou:
   - Precisa sim... sou seu... melhor amigo.
   - Não, sério. Não precisa, já arrumei tudo. - falou Barry, com "poker face".
 
"Não, sério man, precisa não. Já arrumei" 

   Lucas colocou as mãos na cabeça, quase arrancando a boina vermelha.
   - Aaaaaaah! Criatura avacalhada!! - Falando um pouco mais alto, mas ainda baixo para que a mãe de Barry não ouvisse. - Podia ter me avisado antes de eu subir a árvore! - zangou-se Lucas.
   Barry caiu na gargalhada.
   - Hahahah! Só você, Lucas! - disse Barry, ainda rindo baixinho.
   Lucas pulou da árvore, e caiu no chão. Barry instantaneamente parou de rir.
   - Ow, mano, 'cê tá legal? - perguntou Barry.
   - Cara... Eu estaria melhor se você tivesse me avisado antes que tinha arrumado as coisas. - o garoto ainda estava com raiva, mas nada que a companhia de Barry não resolvesse.
   - Agora passa as malas pra cá, manolo.
   - Falou. Ta aê! - E Barry jogou sua bolsa, que estava meio pesada, pegando de jeito o dedão do pé de Lucas, cujos olhos começaram a lacrimejar.
   - Filho da... Barry, eu juro que quando eu pôr as mãos em você... - e em seguida, Lucas colocou o punho  na boca para não gritar ou praguejar ainda mais, e pulava num pé só.
   Barry agora se segurava para não rir, mas ainda ria pelo nariz.
   - Ow, desculpa aê, mano. - e em seguida veio outro ataque de risos nasais. - Mal, sério.
   - Mal? Mal? Foi péssimo, imbecil! Agora desce daí, antes que eu mude de idéia. - disse Lucas, já sentado, massageando seu pé.
   - Tá certo - riu-se Barry. - Mas, Lucas, antes de eu sair, é melhor você se afastar pra não levar outra patada. - e riu outra vez.
   - Ah, seu palhaço! - falou Lucas, mais pra si mesmo, mas ainda saindo do meio.
   Depois disso, Barry subiu na árvore, e pulou no chão, caindo de pé.
   - Viu essa? Eu sou um gato! Nos dois sentidos. - disse, vaidoso.
   - Tá mais pra buldogue velho. - riu-se Lucas. - E agora? Qual é o plano?
   - E eu ainda preciso de um plano? - admirou-se Barry.
   - Bom, Barry, eu acho que se a pessoa está fugindo, ela deve ao menos ter um plano de fuga! - disse Lucas, um pouco arrogante.
   - Cara, fugir de casa dá o maior trabalho, vey! - disse Barry. - Da próxima vez, eu não faço mais. - decidiu-se Barry.
   Lucas olhou-o como se nunca tivesse visto na vida algo tão burro.
   - Próxima vez?! Não vai ter próxima vez, Barry! Geralmente, quando você sai de casa, você não volta mais!!
   Agora parecia ter caído a ficha para Barry.
   - Lucas... Onde a gente vai ficar agora? Eu não tenho pra onde ir, agora que estou fugindo, e está de madrugada...
   - Mas era isso que eu estava justamente me perguntando. - disse Lucas, agora cansado da briga, tentando pensar.
   - E agora, cara?! - Barry parecia desesperado agora. - Eu não vou voltar pra lá.
   - Calma, eu tive uma idéia. - disse Lucas. - Vamos ficar na minha casa. Olha, já são 3:30 - disse Lucas, olhando na Pokégear.
   - Mas, cara, e a sua mãe? - perguntou Barry, preocupado.
   - Ela deixa. Disse que entendia sua situação, ou o que quer que fosse.
   - Ah. - ele agora parecia desanimado. - Ok. Vou agradecer a ela depois.- disse Barry.
   - Cara, já que a gente está aqui fora, você bem que poderia me dizer o que é esse problema com a sua mãe.
   - Cara, é melhor... - começou Barry.
   - Mano, você sabe que pode confiar em mim. - disse Lucas.
   Barry suspirou e por fim se sentou na varanda de sua casa. Lucas o acompanhou, e por fim, ele disse:
   - Tudo bem, cara. Mas, eu juro, se você contar pra alguém... Só quem sabe isso é o professor, e as pessoas a quem ele confiou isso.
   -  Tá certo, cara.
   - Bom, você, como qualquer outra pessoa já notou que meu pai não mora aqui. Mas as pessoas não questionam, porque acham que ele está em jornada, como o seu. Na verdade ele está, mas ele não volta pra casa, porque largou a mim e a minha mãe quando eu era criança.
   - O quê?!

Continua...

Próximo Capítulo: Primeiro Especial! A História de Barry vai ser revelada!





*  *  *
Capítulo Anterior  |  Nota do Autor  |  Próximo Capítulo

1 Comentários:

Às 26 de maio de 2012 às 20:21 , Blogger P.J Jachn disse...

que legal cara,esse foi o cap que eu mais gostei,bem legal a história do barry,eu acho que o pa idele deve ser um baita de um canalha,porque tem que ser um canalha para largar a mulher e o filho,principalmente se o filho ainda for uma criança,parabéns

 

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial