Mais um dia alvorece em Sinnoh, ou melhor, está para amanhecer, pois ainda são três da manhã em Sinnoh. Em Twinleaf, onde nossa grande aventura começa , dois garotos estão ansiosamente esperando o dia raiar.
Os dois melhores amigos, Lucas Cooper e Barry Strong, estão ambos acordados, esperando que o dia amanheça para sair em sua jornada escondidos, pois suas mães não os deixam sair sem pokemon, ironicamente para pegar seu pokemon. Ambos os garotos completaram dez anos há tempos, e ficaram pensando: "Se ganhassem um pokemon, o que fariam?".
Ambos tem o mesmo sonho: tornar-se Mestres Pokemon. Mas Lucas ainda tinha mais um sonho, de que adiantava ser mestre, se não iria conhecer o mundo afora? Então, decidira, que antes que se tornasse Mestre Pokemon, iria viajar pelos continentes que pudesse mundo afora, tanto para conhecer o mundo, como para se tornar invencível.
A mãe de Lucas já havia sido treinadora, sim. Mas ao invés de treinar para batalhas de ginásio, ela preferiu ser Top Coordenadora, e conseguiu. Hoje ela é uma das Top Coordenadoras mais famosas do mundo, um dos "Orgulhos de Sinnoh".
Pensando em tudo isso, Lucas decidiu que já era hora de tomar banho, pois já eram, de fato, quatro e meia da manhã. Lucas e Barry decidiram que Barry iria pegar Lucas na casa dele para sair, pois seria menos suspeito. E agora, já no banho, Lucas resolveu decidir de uma vez por todas a duvida cruel: "Chimchar, Piplup ou Turtwig?".
Chimchar | Piplup | Turtwig
Era muito difícil escolher. Chimchar era mais forte, isso era uma qualidade e um defeito, pois poderia ser que ele quisesse desobedecer o treinador. Turtwig era o melhor para os iniciantes, mas será que ele seria tão fraco que tudo o que fizesse fracassasse? Não sabia muito sobre ele. Piplup era equilibrado, mas diziam que era mandão. Lucas não gostava muito que mandassem nele. Então só restava saber na hora.
Já ia dar cinco da manhã, quando Lucas saiu do banho, e já dava para ouvir o canto dos pássaros amanhecer afora. Enquanto isso, Lucas foi secar-se com a toalha. Após secar seu corpo, ele vestiu uma camisa vermelha, e uma calça preta. Depois se deu conta de que estava começando a nevar. O inverno começara. Então foi vestir mais algumas coisas para o frio: um casaco azul e um cachecol branco, que amarrou como gravata, além das sapatos de inverno, ao invés do tênis que calçaria e da boina vermelha, com símbolo de pokébolas azuis e brancas dos lados.
Lucas
Ficou olhando em direção ao Lago da Verdade, pensando, que, se ia começar uma jornada, devia ser por ele. Afinal, em toda a Twinleaf, o lugar mais místico era na verdade, o Lago da Verdade, onde se dizia ter um Pokémon lendário. Depois, olhara-se no espelho, para ver se estava tudo em ordem, e notou seu cabelo azul, herdado de sua mãe, Johanna Cooper. Sim, ela fora uma grande treinadora, e não precisara fugir de casa para isso. Mas era diferente. Sua mãe provavelmente deixara ela fazer isso, enquanto ela não deixara seu próprio filho seguir jornada. Seria medo de ser superada? "Não, nunca", pensou Lucas, "Ela já faz parte dos 'Orgulhos de Sinnoh'. Não há honra maior."
E então, com este pensamento sombrio, ele saiu de seu quarto, para tomar café. Desceu as escadas e encontrou Johanna já fazendo as torradas.
- Então? Acordou cedo, foi? - perguntou Johanna
- E desde quando eu não acordo cedo? - disse Lucas
- Desde que nasceu, acho. Hahaha.
- Qual é, mãe? Eu sempre acordei cedo pra ir à escola.
- Correção: Eu sempre te acordei cedo pra ir à escola. - corrigiu-o Johanna. - Ainda assim, é estranho você acordar cedo. Algum motivo em especial? - perguntou, desconfiada.
- Não, não. Só marquei de ir com o Barry ao parque. Daqui a pouco ele deve dar as caras.
- Ah. Bom, se é assim...
- É, é assim. Aliás, mãe, já reparou? O inverno chegou. - disse Lucas.
- Verdade. Melhor preparar a lareira mais tarde. Ah, e você deve estar com fome. O que quer comer? - perguntou Johanna.
- Torradas, pode ser? - perguntou Lucas.
- Claro. - e Johanna colocou alguns pães na torradeira. - Então, a que horas você marcou com o Barry? - perguntou Johanna.
- Ele já deve estar vindo, mãe, não se preocupe. - e a campainha tocou - Falando no diabo, hehe. Deve ser ele.
- Vou atender. Fique de olho na torradeira.
- Sim, senhora.- disse Lucas.
Alguns segundos depois, e Johanna voltava com Barry. Barry Strong era um garoto meio agitado, loiro, com camisa listrada horizontalmente, tanto nas mangas, como no tronco, em cores laranja e branco, e estava usando um cachecol verde, além de calças cinzas, e sapatos para frio.
Barry
- Hey, Cooper. - disse Barry.
- Hey, Strong. - disse Lucas.
- Desde quando vocês se tratam pelo sobrenome? - disse Johanna, rindo da situação.
- Ora, mãe, nós achamos legal. Algum problema? - disse Lucas.
- Não, nenhum, mas é meio estranho. - disse Johanna.
- Bom, se acha isso estranho, devia ver isso aqui, dona Johanna. - disse Barry
- O quê? - perguntou Johanna
- "How you doin'?" - disseram juntos Barry e Lucas, com cara de convencidos.
- Ha, ha, ha. Não é o que aquele cara daquela série...como é mesmo o nome? - tentava lembrar Johanna.
- PokéFriends. Sim, é ele, o Joey Frisbeeani. Ele diz isso pra pegar mulher. - disse Lucas
- Hum. Lucas, meu filho, coma suas torradas. - dizia Johanna.
- Sim, senhora. - e Lucas começou a comer suas torradas.
- Barry, quer também? - perguntou Johanna.
- Não, obrigado, tia. Já comi em casa. - disse Barry.
E então, Lucas comeu suas torradas, e ele, Barry e sua mãe continuaram a conversar, até que ele terminou.
- Ok, mãe. Agora temos que ir. Já são nove horas, temos que voltar daqui a três horas para almoçar. - disse Lucas.
- Verdade. Bom, então vão logo. E leve seu Pokelógio, meu filho. - dizia a mãe, cautelosa.
- Sim, senhora. - disse Lucas.
- Até mais, tia - disse Barry.
Na saída de casa, Barry e Lucas notaram um Dodrio correndo em disparada, e um homem correndo atrás dele.
- Tsc, tsc, o seu Johnson não toma jeito mesmo. - disse Lucas
- Pois é, ele e aquele Dodrio, ele não para quieto de madrugada, cara. Todo mundo lá em casa não consegue dormir depois das duas da manhã. - disse Barry.
- Pois é, ainda bem que eu e minha mãe temos sono pesado. Sinceramente, se não fosse isso, nós também não conseguiríamos dormir.
- E ainda tem o Pikachu do seu Johnson, que atormenta o coitado do Dodrio, quando a gente pensa que ele vai se aquietar.
- Verdade. Se continuar assim, aquele Dodrio vai é endoidar, isso sim.
- Mas, agora eu lembrei de uma coisa. Onde está seu pai mesmo, Lucas? Ainda em Kanto?
- Não, ele está em Unova.- disse Lucas.
- Legal! - disse Barry. - Ainda pesquisando Unown? - perguntou.
- Em parte. Ele está pesquisando os cães lendários agora. Mas, parece que em breve ele volta para Sinnoh.
- Sério? Nossa! Eu espero que ele volte logo. Adoro aquele cara. - disse Barry.
- Calma, Barry, o pai é meu! - riu-se Lucas. - E aí? Quer ir aonde? - perguntou.
- Eu ia deixar a decisão com você.
- Certo. Então que tal o Lago da Verdade? - perguntou Lucas.
- Perfeito. Melhor dar uma passada lá antes de ir até a Rota 01, fica no mesmo caminho.
- É, pensei nisso também, Barry.
E os dois melhores amigos de infância, Barry e Lucas, foram em direção até o Lago da Verdade, ainda conversando sobre o pai de Lucas, Spencer Cooper. Spencer é um arqueólogo, que atua em todas as regiões do Mundo Pokémon, e por isso, viaja muito, fazendo com que veja sua família muito pouco.
Ao chegarem no caminho no Lago da Verdade, avistaram de longe duas pessoas a frente. Uma delas parecia ser um senhor de idade, com uma respeitosa barba branca, que olhava o Lago, juntamente com outra pessoa mais jovem, que parecia ser uma garota e aparentava ter dez anos.
A margem do Lago era no fim de uma descida íngreme, um lugar mais baixo do que onde Lucas e Barry estavam. O homem e a garota pareciam estar realmente interessados no lago.
- Lucas, olha. Aquele... aquele não é o Rowan? - perguntou Barry.
- É ele mesmo! Que sorte encontrar ele aqui. Agora podemos pedir um pokémon sem sair de Twinleaf.
- Cara, tecnicamente nós já saímos de Twinleaf. Isso aqui fica vizinho à Rota 01.- disse Barry.
- Tanto faz, Barry. Mas nossas mães não precisam saber.
- A não ser que ele conte né, Lucas?
- Vish... Será que ele contaria?
Rowan
* * *
- Tem certeza, professor? - disse a garota vizinho a Rowan.
- Pela milésima vez, sim, Dawn. Essa é a única maneira de começar, já que é a única Plate que temos.
- Certo, professor, se é assim. - disse Dawn.
- Ok! ARCEUS! TE CHAMO AQUI, POR RAZÕES IMPORTANTES, POR FAVOR ME ATENDA!
...E um raio branco inundou o céu...
Dawn
* * *
- Olha, Barry, o professor está gritando algo... O que será?
- Não faço a mínima idéia. Espera, vamos escutar...
- ...POR FAVOR ME ATENDA...
- Ele está suplicando que alguém atenda ele, mas quem? - perguntou Barry.
...E um Pokémon enorme, maior do que se tudo o que se poderia imaginar apareceu. A maior parte, branco, como os flocos de neve que começavam a cair lentamente.
* * *
Arceus
-
POR QUÊ ME CHAMASTES AQUI, HUMANO SIMPLÓRIO? CERTAMENTE SABES, QUE O OBJETO QUE MANTÉNS EM TUAS MÃOS, É DE MUITÍSSIMO VALOR, NÃO SABE? POR QUÊ O TROUXE AQUI? - É exatamente por isso que o trouxe aqui. Ele corre perigo em minhas mãos. Outras pessoas já tentaram roubá-lo e pretendem roubá-lo mais uma vez. Se conseguirem pôr as mãos nesta plate, poderão abrir uma brecha no espaço-tempo, causando inúmeras catástrofes!! Temos que pôr um fim nela!!
- VOCÊS HUMANOS JÁ CAUSARAM DESTRUIÇÃO SUFICIENTE! SÃO TODOS CRIANÇAS TENTANDO CONQUISTAR O QUE NÃO É SEU!!
- Por favor, me escute, Arceus... Temos que destruir a...
- NÃO SE PODE DESTRUIR UMA PLATE!!!
- Temos que destruir!! Temos!! Você é minha última esperança de detê-los. Eles querem pegar as Jóias!!!
- NÃO PODEREI FAZER NADA PELA PLATE! A ÚNICA COISA QUE POSSO FAZER É DISTRIBUIR TODAS AS JÓIAS EM REGIÕES DIFERENTES!!
...E de repente, muitas jóias se materializavam diante de Arceus, e, uma a uma, iam se dividindo.
- ESTÁ FEITO. SÓ HÁ MAIS UMA COISA QUE POSSO FAZER... EU JÁ SABIA QUE ESTE ENCONTRO ACONTECERIA, JÁ ACONTECEU MILHARES DE VEZES E ACONTECERÁ INFINITAMENTE, ATÉ QUE O ESPAÇO E O TEMPO SE REGENEREM DA CATÁSTROFE QUE ESTÁ POR VIR! PORTANTO, HUMANO, TE TROUXE AQUI, TRÊS SEGUIDORES, PARA QUE POSSAM PROSSEGUIR A BUSCA PELAS JÓIAS, E CHEGAREM ANTES DOS OUTROS HUMANOS. MAS, ASSEGURO-LHE, QUE UM DELES SE RENEGARÁ ANTES QUE PERCEBA. ENSINE-OS A SEREM CUIDADOSOS E GENEROSOS, ENSINANDO TUDO O QUE PUDER, POIS TEMPOS DIFÍCEIS VÊM PELA FRENTE, E O QUE ACONTECERÁ A VOCÊS JÁ ACONTECEU MUITAS VEZES. PORÉM, PODE SER QUE PARE, SE EU INTERFERIR, E VOCÊS FIZEREM SUA PARTE.
- Obrigado, Arceus. Muito obrigado. Faremos de tudo para protegê-las.
- UMA ÚLTIMA COISA. ESSA SERÁ A ÚNICA VEZ QUE PODEREI INTERFERIR, POIS O ESPAÇO E O TEMPO JÁ COMEÇARAM A SE DISTORCER, SE EU INTERFERIR OUTRA VEZ, O TECIDO DA REALIDADE SE RASGARÁ.
- Mas, quais serão meus seguidores, Arceus? - perguntou Rowan. - Não há como achar mais dois humanos de alma pura em todo esse mundo. É algo grande demais.
- OLHE MAIS ACIMA... ACIMA DA MARGEM, NA ENTRADA DO LAGO...
...E outro raio branco surgiu no céu. Iluminando dois garotos que olhavam a cena com total admiração a cena, e que olhavam o Professor enquanto o Professor olhava para eles. A garota ainda estava perplexa com a extensão do Pokémon a sua frente.
Barry Strong | Lucas Cooper
- Strong, Cooper, é claro...
- E, ROWAN... BOA SORTE EM CONSERTAR OS ERROS QUE COMETEU...
...E enfim, toda a nevasca, todos os raios brancos que iluminavam o céu, e toda a neve, agora parecia ter desaparecido, junto com Arceus. O Lago congelara. Sim, seriam tempos tempestuosos, os que estariam por vir.
Continua...
* * *